Médicos intercambistas e brasileiros formados no exterior finalizam, esta semana, o 2° Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) de 2024 do Programa Mais Médicos, realizado em parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação. Participam dessa etapa 522 médicos intercambistas, sendo 454 brasileiros formados no exterior e 68 estrangeiros formados também fora do Brasil. Se aprovados na última prova que será aplicada até o final da semana, os profissionais estarão aptos para atuar na atenção primária à saúde de 347 municípios espalhados pelo país.
O MAAv é a primeira etapa formativa do médico intercambista no programa, com o objetivo de integrá-lo para atuação generalista na atenção primária à saúde (APS) no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). É uma etapa obrigatória e aborda conteúdos relacionados a legislação, atribuições e funcionamento do SUS, ações da atenção primária, protocolos clínicos de atendimentos definidos pela pasta e Código de Ética Médica.
O coordenador-geral de provimento profissional do Departamento de Apoio à Gestão da APS, Edson Lucena, destacou os investimentos que vêm sendo realizados para elevar a qualidade do atendimento na atenção primária.
“O Programa Mais Médicos está entre as prioridades do governo federal. Tivemos, recentemente, o aumento da bolsa dos médicos, a mudança e o aumento do financiamento da atenção primária”, salientou Lucena. “São muitos os investimentos para tornar essas ações mais efetivas para o provimento médico, com a finalidade de levar atendimento e melhorar a qualidade de vida da população, principalmente nas regiões de vazios assistenciais, localidades mais afastadas, cidades do interior e de maior vulnerabilidade”, relatou.
Oficina de sensibilização
Esta edição do acolhimento contou com a oficina de sensibilização da estratégia Atenção Integrada às Doenças Prevalentes da Infância na APS, com o objetivo de introduzir os médicos em uma abordagem de atenção à saúde na infância que possibilita significativa redução da mortalidade infantil.
Desenvolvida originalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Unicef, a estratégia adota abordagem simultânea e integrada do conjunto de doenças de maior prevalência na infância, em substituição ao enfoque tradicional que considera cada doença isoladamente. O objetivo é sensibilizar os profissionais médicos e médicas que atuarão em localidades remotas e de difícil acesso.
O médico Jaime Valência, da Coordenação de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente (Cacriad), considera que a oficina é estratégica para o fortalecimento da atuação dos profissionais médicos, com ênfase na saúde infantil, um grupo especialmente suscetível a complicações e hospitalizações.
“O compromisso com a saúde pública e a formação contínua dos médicos reforça a missão de aprimorar o atendimento em regiões remotas e assegurar a saúde das crianças brasileiras, alinhando-se às diretrizes e compromissos assumidos pelo governo brasileiro”, destacou o médico.
Fonte: Anna Iung – Ministério da Saúde