Censo escolar aponta crescimento da educação profissional em 2019
Isaque Eustórgio 13 de fevereiro de 2020
Segundo o Censo Escolar da Educação Básica 2019, um retrato da educação brasileira realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), de 2018 a 2019 ocorreu um crescimento de 11.519 matrículas. O aumento de alunos na educação profissional foi sustentado pelas matrículas em duas modalidades:
- Formação subsequente (cursada após a conclusão do ensino médio), com 68 mil matrículas a mais (7,6%) no ano;
- Integrada ao ensino médio, que teve acréscimo de 38,6 mil (6,6%) estudantes.
Os números são fundamentais para demonstrar como os jovens estão buscando qualificação profissional para o mercado de trabalho. Devido à alta concorrência, a alternativa é incrementar o currículo e se preparar para ser um profissional diferenciado.
A maior parte dos alunos que frequentam a educação profissional tem até 30 anos (78,8%). Desse total, as mulheres são maioria em praticamente todas as faixas etárias, representando 56,7% do todas as matrículas. Na faixa que vai entre 40 e 49 anos, elas são maioria, com 62% de quem frequenta a educação profissional.
Com relação as redes de ensino, as instituições privadas somam 41,2% das matrículas, seguidas da rede estadual (38,3%) e a federal (18,7%). São as federais que possuem o maior número de vagas ocupadas com cursos profissionalizantes: 357.179 matrículas; destas, 13,6% estão na zona rural.
A Educação Profissional é composta pelos cursos profissionalizantes, que podem ser técnicos ou livres. Os cursos técnicos possuem duração média de dois anos e formam os estudantes para serem rapidamente inseridos no mercado de trabalho, desempenhando atividades práticas e operacionais. Já os cursos profissionalizantes livres preparam para áreas que não exigem formação técnica nem superior.