Educação Especial em foco: uma importante modalidade de educação no Brasil
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17 de agosto de 2021

Finalizando a série de matérias especiais em comemoração ao Dia do Estudante, celebrado na última quarta-feira (11), o Ministério da Educação (MEC) relatará, nessa última matéria, experiências vividas por dois estudantes que integram a educação especial brasileira.

João Paulo. (Foto de arquivo pessoal)

João Paulo Araújo, de seis anos, está matriculado no primeiro ano do ensino fundamental e possui altas habilidades em algumas áreas, como a de comunicação. Thaíza Oliveira, mãe de João Paulo, conta que o filho começou a frequentar a escola antes de completar dois anos de idade. “Ele vai para a escola desde um ano e onze meses, e desde o primeiro contato dele com a escola ele gostou muito”, contou.

A escola de João Paulo recomendou que o estudante passasse a frequentar, como forma de complementação aos estudos, uma escola de altas habilidades, que atua com uma proposta de atendimento educacional especializado para estudantes com altas habilidades e/ou superdotação, tendo como fundamento princípios filosóficos que embasam a educação inclusiva.

Thaíza explanou sobre a importância desse acompanhamento. “Os encontros têm sido muito importantes para ele. É um ambiente com crianças que possuem o nível intelectual semelhante ao dele, que compartilham de ideias e comportamentos semelhantes, então tem sido muito importante para nós como família e para ele como indivíduo”, afirmou a mãe de João Paulo.

Cookies do João. (Foto de arquivo pessoal)

Com apenas seis anos, João Paulo pediu aos seus pais que criassem “uma banquinha para vender qualquer coisa”, como ele mesmo disse. Foi então que a família decidiu investir na venda de cookies e biscoitos decorados, atendendo ao pedido de João Paulo, que afirmou que gostaria de “começar a trabalhar cedo para logo garantir sua aposentadoria”.

Os Cookies do João, como são chamados, são produzidos por Thaíza, que é gastróloga. As vendas são realizadas pela internet, por meio da conta no Instagram e pelo WhatsApp. Thaíza conta que o objetivo de João Paulo é “vender para todo o Brasil e logo para o mundo”. João Paulo também sonha com a abertura de uma loja física, com vários andares, para que ele possa atender a todos os seus clientes.

Clarinha. (Foto de arquivo pessoal)

Outra história inspiradora é a de Clara Nogueira Marinho, que tem 22 anos, é estudante de Letras e possui paralisia cerebral decorrente da falta de oxigenação em seu nascimento. Clarinha, como gosta de ser chamada, conta que sempre amou ler livros e inventar histórias, graças a seus pais que sempre a incentivaram na leitura. “Minha mãe lia muito para mim, sempre me contava muitas histórias e eu realmente as vivia. Isso foi crescendo, se desenvolvendo e eu comecei a escrever, desde pequenininha”, afirmou Clarinha.

A estudante conta, ainda, que uma professora do jardim de infância a motivou a seguir o caminho da escrita. “Ela virou para mim e me perguntou o que eu queria ser quando crescesse. Respondi que queria ser médica veterinária, e ela falou que eu deveria ser escritora, porque tinha talento para isso”, contou.

A estudante ressaltou a importância da inclusão no ambiente escolar e de projetos que favoreçam esse movimento. “Se tem algo que precisa sempre ser feito é preparar os professores para receber diferentes tipos de estudantes. Não ensinar como num manual, porque pessoas não vêm com um manual, mas dar informações básicas para a inclusão de todos”, reforçou Clarinha.

Atualmente, Clarinha utiliza as redes sociais para publicar textos autorais e promover debates sobre a inclusão de pessoas com deficiência. Conteúdos sobre o direito das pessoas com deficiência, autoestima, e a trajetória na inclusão são alguns exemplos de materiais produzidos e divulgados pela estudante.

Clarinha aproveitou a oportunidade para deixar um recado especial a todos os estudantes: “Para os estudantes que estão aí, eu peço que continuem, porque o estudo é maravilhoso e é a forma de você se preparar para o que enfrentará mais à frente.”, conclui a estudante de letras.

Confira o perfil de vendas do Cookies do João no Instagram.

Confira o perfil de Clarinha no Instagram.

 

FONTE: Assessoria de Comunicação Social do MEC