Há quase três anos, no dia 15 de janeiro de 2018, foi sancionada a Lei 13.620 que institui 27 de novembro como o Dia Nacional da Educação a Distância. O tema é de grande importância para o estímulo e a democratização do acesso à educação de qualidade. Este ano, porém, a data ganha uma atenção especial: as atividades educacionais do País, em todos os níveis, foram suspensas como consequência da pandemia da COVID-19.
Neste novo cenário, que apresenta fortes desafios à educação pública brasileira, o governo federal, via Ministério da Educação (MEC) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), criou soluções para manter o ensino e fortalecer a educação a distância. O Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) é a principal delas. Há 14 anos ele oferece cursos de licenciatura e de formação inicial e continuada para professores da educação básica. Todos no modelo EaD. Hoje existem mais de 121 mil alunos matriculados. “Neste semestre tivemos cerca de 26 mil ingressantes. A UAB, em muitos casos, é a única oportunidade que determinado município tem de formar e preparar seus professores”, explica Benedito Aguiar, presidente da CAPES.
O Programa da União, em regime colaborativo com os estados e municípios, também oferece cursos de graduação, pós-graduação, aperfeiçoamento e extensão universitária em diferentes áreas do conhecimento. Atualmente, participam 132 instituições públicas de ensino superior e 890 polos parceiros, espalhados em 792 municípios brasileiros. Aguiar afirma que a educação a distância tem desempenhado um papel fundamental de democratização do acesso à formação de qualidade, “para professores e gestores públicos do interior do País, onde o ensino presencial de qualidade, para a formação de professores, é muitas vezes bastante precário”.
Para minimizar as consequências da COVID-19, a CAPES, em parceria com o MEC, oferece em suas plataformas digitais cursos totalmente gratuitos. Neste período, 145 mil vagas para cursos de Português, Matemática, Fundamentos de Estatística e Tecnologias da Informação e Comunicação foram abertas. A iniciativa é voltada à capacitação de estudantes de graduação, concluintes do Ensino Médio e alunos matriculados na Universidade Aberta do Brasil, como conhecimentos complementares aos da formação básica.
A ação, além de fortalecer o ensino a distância, mostra que a modalidade educacional a distância é uma ferramenta eficaz para o aprendizado. “O curso de português é excelente, com conteúdo de fácil entendimento e atualizado. A CAPES está de parabéns pela iniciativa. Muitas pessoas estão vendo nesse momento difícil uma oportunidade para melhorar seu conhecimento”, afirma Wania Miranda, aluna do curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Pará.
Além disso a Fundação, junto com a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), abriu 300 mil vagas para capacitar professores e estudantes de licenciatura no uso de ferramentas digitais. O curso visa o desenvolvimento de práticas inovadoras, com temas voltados para o ensino mediado por tecnologias, considerando as novas tendências educacionais.
Somadas às oportunidades anteriores, são – ao todo – 445 mil vagas em plataformas on-line. Benedito Aguiar explica que os cursos têm como principal finalidade auxiliar escolas, professores e alunos no processo de ensino-aprendizagem, especialmente em meio à pandemia, além do apoio ao ensino presencial, quando as escolas voltarem a funcionar normalmente. “Eu creio que a escola de qualidade, que se preocupa com o melhor aproveitamento do aluno no processo de ensino aprendizagem não pode deixar de pensar e investir em EaD”, finaliza.
Essas são apenas algumas das nossas ações. Para saber mais, acesse gov.br/capes e acompanhe nossas redes sociais.
(Brasília – Redação CCS/CAPES)
Fonte: Ministério da Educação