Mais da metade da Rede Federal de Ensino está com atividades remotas
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Felipe Stegun 19 de agosto de 2020

ara atravessar a pandemia de Covid-19 e manter ou retomar as atividades educacionais e administrativas, as universidades federais brasileiras e as instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica concentram esforços em busca de alternativas para oferecer as aulas, os conteúdos e os serviços de forma remota. Atualmente, das 69 universidades, 47 estão com as atividades de forma remota – o que representa 68,1% do total. Isso significa que mais da metade das universidades está contribuindo para que um total de 794 mil alunos, 71 mil professores e 89 mil técnicos estejam estudando, dando aulas ou trabalhando – tudo isso, de casa –, respeitando as determinações sanitárias locais e contribuindo para a saúde da comunidade acadêmica, com o compromisso de dar continuidade ao ensino. “Desde o início da pandemia do novo coronavírus, a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC) tem adotado medidas para criar condições mais favoráveis ao retorno das atividades acadêmicas nas universidades federais por meio de TIC/remotas, como por exemplo, expedição de normas, liberação de recursos e conectividade de internet para alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Logo teremos todos os estudantes das nossas universidades de volta às aulas, em segurança e respeitando as orientações dos órgãos de vigilância sanitária”, comentou o secretário de Educação Superior do MEC, Wagner Vilas Boas de Souza.

Na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, 22 das 41 instituições estão com as atividades remotas, o que corresponde a 53,6% do total. Neste caso, estuda ou trabalha de casa um total de 514 mil alunos, 24 mil professores e 19 mil técnicos. “Para apoiar a Rede Federal na estruturação das atividades não presenciais, já destinamos R$ 20 milhões, que vão atender a demandas das instituições de ensino por equipamentos para conectividade, projetos de inclusão digital, entre outros”, explicou o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Ariosto Culau. 

Painel de monitoramento
Desde o início do recolhimento social, o  MEC acompanha a evolução das instituições que saem do status de “aulas suspensas” ou “parcialmente suspensas” para aulas “TIC/remotas”. Para isso, criou um painel de monitoramento completo e totalmente acessível, para garantir a transparência das informações a qualquer cidadão que tenha interesse em checar o funcionamento não só das 69 universidades federais brasileiras, como das 41 instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, além das ações desenvolvidas por essas instituições para o enfrentamento ao novo coronavírus. Também é possível se informar a respeito das colações antecipadas dos cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia, autorizadas pelo MEC por meio da Portaria no 374 de 03 abril de 2020O painel de monitoramento está disponível neste link e tem, ainda, o Protocolo de Biossegurança para servir de modelo às instituições que organizam o retorno presencial das atividades.

Internet aos alunos
Os números descritos nesta matéria foram extraídos do painel de monitoramento nesta terça-feira, 18 de agosto – um dia após o MEC anunciar o fornecimento de internet a, inicialmente, 400 mil alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, com renda familiar per capita de até 0,5 salário mínimo. A medida vai ajudar um total de 900 mil alunos de baixa renda que não têm condições de contratar franquia de dados móveis suficiente para acompanhar as aulas on-line ou acessar os conteúdos disponibilizados pelas instituições.

Fonte: MEC