Novidades e desafios da Educação a Distância (EAD) foram tema do cafezinho virtual entre a professora Suzana Funghetto e o presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), o sociólogo e doutor em Economia, Luiz Roberto Liza Curi.
A conversa iniciou destacando a atuação do CNE frente a essa crise provocada pela pandemia do COVID-19.
Curi colocou que o conselho acompanha atentamente a problemática atual e busca, em parceria com o sistema de educação brasileiro, soluções possíveis para a manutenção das aulas e continuidade do processo de aprendizagem na educação básica e superior.
A live foi acompanhada por internautas, pesquisadores em educação, bem como pais, instituições públicas e privadas.
O momento propiciou esclarecimentos sobre o papel do CNE na preparação e acompanhamento de políticas públicas de educação no momento em que vivemos e a formação profissional no país, em especial para o EAD.
Para o conselheiro, a EAD é uma opção para a continuação dos conteúdos programados, mas não é a única.
“É preciso estar atento aos limites da urbanidade brasileira e das assimetrias regionais existentes entre os estados, considerando que parte considerável dos alunos da educação básica brasileira não tem acesso a internet. Dessa forma, não há como focar apenas nessa solução, já que ela deixa muitos pais, professores e alunos desassistidos”, afirmou ele.
Curi considerou ainda que o sistema de educação superior é mais desenvolvido em relação ao EAD e o uso de novas tecnologias faz parte da vida acadêmica dos alunos.
Existem outras alternativas, principalmente para a educação básica, como o uso da rádio, gravação de aulas para exibição em canais púbicos ou privados de televisão, bem como produção de materiais didáticos nas escolas.
A manutenção das aulas, de forma assíncrona, para repassar o conteúdo para estudantes que não tenham acesso a internet e/ou que não consigam acessar o ambiente virtual de aprendizagem é pauta dos trabalhos do CNE, com as secretarias estaduais e municipais de educação.
O principal objetivo, todavia, “é manter a qualidade de ensino na pandemia e não prejudicar o aprendizado dos alunos”, declarou ele.
O conselheiro respondeu que não há previsão legal para EaD por crianças dessa faixa etária, mas que o momento exige uma solução rápida.
“Mesmo não havendo previsão legal para EAD na educação infantil, o CNE vem trabalhando em encontrar soluções rápidas e eficazes. Independente de qual seja, a resposta para esse dilema passa pelo papel crucial dos pais em repassar os conteúdos necessários às crianças, a partir de orientações dos professores”, disse Curi.
Foi informado também que o CNE emitirá, nos próximos meses, resolução com orientações sobre o processo avaliativo pós pandemia.
Para Curi, avaliação deve privilegiar a construção de competências discursivas, bem como enfatizar, assim, a autoaprendizagem no processo de desenvolvimento do aluno.
Outro ponto importante é o atendimento educacional especializado para alunos com necessidades educacionais especiais.
O conselheiro informou que o CNE divulgará também nos próximos meses as diretrizes curriculares para a Educação Especial.
Por fim, o convidado colocou que “o momento exige cooperação para superação dos entraves logísticos e de infraestrutura educacional no país.
Estamos em um momento de parceria e solidariedade entre instituições de educação pública e privadas ao redor do país”.
Para conferir a live clique aqui.
Os encontros ao vivo com a 2 em 1 acontecem no Instagram em @2em1consultoria.com.br até o dia 12 de abril.
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