Traumas emocionais: Continue a nadar!
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Gabrielle Boeze 5 de fevereiro de 2025

Os desafios do envelhecimento saudável e a abordagem integrada de questões da maturidade são bandeiras da Rede Geronto, com destaque às questões humanas e ao gerenciamento de uma vida emocional plena. Afinal, ao chegar à velhice, certamente, a maioria das pessoas vivenciou traumas ou experiências marcantes que deixaram cicatrizes. A questão nefrálgica é como o idoso lidar com essas experiências, uma vez que os eventos não tratados impactam significativamente a saúde emocional na idade avançada.
Segundo estudo publicado no periódico Science Advances, a partir dos 70 anos, aqueles submetidos na infância a episódios traumáticos, como abuso físico ou emocional, têm mais chance de terem a função muscular prejudicada. De acordo com os pesquisadores, os participantes do estudo que viveram pelo menos um evento negativo ou estressante tiveram problemas na geração de energia para as células, com impacto na função muscular ao longo dos anos.

A queda do sistema imunológico, com surgimento de doenças autoimunes, por exemplo, também é resposta a crises existenciais. As consequências dependem da duração ou do período da vida em que os episódios ocorreram. Experiências perturbadoras tendem a ser elaboradas naturalmente, com o passar do tempo. Mecanismos naturais de processamento das situações dolorosas permitem até mesmo a lembrança do que ocorreu, sem prejuízo à saúde mental. No entanto, não raro, as lembranças ativas de memórias traumáticas perpetuam-se ao longo da vida, machucando a alma. Assim, algumas atitudes podem ajudar a trazer bem-estar mental do idoso, longe das feridas do passado.

01. Reconhecer o trauma
02. Expressar as próprias emoções, sem julgamentos
03. Buscar apoio profissional (terapia)
04. Praticar o autocuidado (bom sono, exercícios regulares e alimentação adequada)
05. Cultivar o perdão
06. Aprender a lidar com as memórias
07. Fortalecer a autoestima
08. Ser positivo em relação à vida
09. Não alimentar as experiências dolorosas
10. Ter suporte familiar e social
11. Não transferir a dor aos filhos ou cônjuge
A simpática personagem Dory, do filme infantil “Procurando Nemo”, traz uma valiosa lição para as decepções da vida: “Continue a nada! Continue a nadar! Para achar a solução, nadar, nadar!”

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