Consciência negra: bolsistas da CAPES contam suas histórias
Gabrielle Boeze 20 de novembro de 2023

Adriane Torquati, uma biomédica de 23 anos, e Alex da Silva Barbosa, um biólogo de 34 anos, são exemplos notáveis neste Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Ambos enfrentaram desafios financeiros, com Adriane obtendo uma bolsa da CAPES para cursar mestrado em Ciências Farmacêuticas na UnB, enquanto Alex, originário de família de baixa renda, conquistou uma bolsa do ProUni e agora está fazendo mestrado em Fitopatologia na UnB. Suas trajetórias destacam a importância da representatividade e inspiração para futuras gerações negras na busca por educação superior.

Alex ingressou na universidade pública apenas na pós-graduação, após cursar toda a educação básica em escolas públicas e enfrentar desafios financeiros na graduação em uma instituição privada. O acesso à universidade foi possível graças ao ProUni, que concedeu a ele uma bolsa integral após um período de trancamento. Os relatos de Adriane e Alex coincidem com a retomada de políticas de ações afirmativas no Brasil, como o relançamento do Programa Abdias Nascimento pela CAPES e a extensão da Lei de Cotas até 2033, agora incluindo a pós-graduação.

Sobre o Dia da Consciência Negra
O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra faz parte do calendário oficial de datas comemorativas do Brasil desde 2011. A data é celebrada a cada 20 de novembro e sua idealização se deu nos anos 1970, por sugestão do Grupo Palmares, que queria destacar o protagonismo das pessoas negras no dia da morte de Zumbi dos Palmares, último grande líder quilombola do período colonial. Em 2003, os calendários escolares adotaram a data, oficializada de forma definitiva pela Lei nº 12.519.

Fonte: Brasília – Redação CGCOM/CAPES