Mais de 3.800 secretarias de educação aderem ao programa Tempo de Aprender, do Ministério da Educação
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Felipe Stegun 11 de agosto de 2020

O programa Tempo de Aprender, do Ministério da Educação (MEC), tem despertado o interesse de milhares de secretarias de educação, desde que foi lançado, em fevereiro deste ano. “A iniciativa tem o objetivo de enfrentar as deficiências da alfabetização no país e conta com ações estruturadas em quatro eixos: formação continuada de profissionais da alfabetização; apoio pedagógico para a alfabetização; aprimoramento das avaliações da alfabetização; e a valorização dos profissionais da alfabetização”, explica o secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim.

Até o momento, 3.813 secretarias municipais, estaduais e a distrital aderiram ao programa, o que corresponde a 68,45% do total. As secretarias estaduais (e a distrital) são 13, dos seguintes estados: Amapá, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Entre as secretarias municipais, 19 são das seguintes capitais: Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Porto Velho, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, Teresina e Vitória.

Prorrogação
Desde que foi aberto, em março deste ano, o prazo de adesão tem sido ampliado a pedido das próprias secretarias, que estão regularizando seus dados cadastrais para participarem do programa. Quem tiver interesse, ainda pode aderir ao Tempo de Aprender até o dia 31 de agosto.

Recomendação
Além dos executivos locais, representantes do legislativo também reconhecem a excelência do programa e acreditam que essa é uma oportunidade para que outras secretarias estaduais e municipais também possam aderir ao programa. O deputado estadual pela Paraíba, Cabo Gilberto Silva, por exemplo, fez questão de emitir um requerimento de apelo à presidência da Assembleia Legislativa da Paraíba, sugerindo que municípios do estado se inscrevam no programa. No documento, o deputado diz: “A educação é um direito fundamental que ajuda não só no desenvolvimento de um país, mas também de cada indivíduo. Sua importância vai além do aumento da renda individual ou das chances de se obter um emprego. Perguntar a importância da educação é como perguntar qual a importância do ar para nós, é dela que aprendemos a nos preparar para a vida. Por meio da educação, garantimos nosso desenvolvimento social, econômico e cultural. ‘Tempo de Aprender’ é um programa de alfabetização abrangente, cujo propósito é enfrentar as principais causas das deficiências da alfabetização que levam a problemas de aprendizado futuro”. O requerimento também foi entregue em mãos ao secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim.

Curso de formação continuada em práticas de alfabetização
A secretaria de Educação do Distrito Federal (SEDF) é uma das que aderiram ao programa. Um dos recursos do Tempo de Aprender que chamou a atenção da SEDF foi o curso de formação continuada em práticas de alfabetização, dividido em 8 módulos, que somam uma carga horária de 30 horas, e que prevê uma certificação de conclusão, após aprovação em avaliação.

O curso, disponível neste link, conta com técnicas para o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita, com atividades pedagógicas lúdicas, estruturadas e cientificamente validadas, voltadas para o último ano da pré-escola e o 1º e 2º ano do ensino fundamental. Os interessados em participar do curso, totalmente on-line e gratuito, não dependem de adesão do ente federativo, apesar de o DF já estar inscrito no Tempo de Aprender. O secretário de Educação do DF, Leandro Cruz, destacou a importância da parceria com o MEC e a criação do Tempo de Aprender: “são necessárias ações efetivas para que nossas crianças sejam alfabetizadas no tempo certo. É o futuro delas que precisa ser garantido e todas merecem um ensino público, gratuito e de qualidade. Uma das frentes mais importantes é justamente a proposta do novo programa do MEC: a formação, o apoio e a valorização de nossos professores e gestores.”

Para este ano de 2020, o Distrito Federal tem 27.005 alunos matriculados no último ano do ensino infantil e 58.282 no 1º e 2º ano do ensino fundamental. Para essa demanda, a rede distrital possui 270 unidades de ensino que atendem à pré-escola e 377 aos anos iniciais. A SEDF conta com 4.459 professores para essas turmas que lidam com a fase da alfabetização e, em junho deste ano, lançou o “Guia Anos Iniciais – Orientações para atividades de ensino remoto”. O documento foi elaborado sob o contexto das aulas remotas, em especial para a continuidade das ações pedagógicas da leitura e da escrita na perspectiva dos letramentos linguístico, matemático e científico. Em determinado trecho, há a recomendação do curso on-line do Tempo de Aprender: “O curso, divulgado pela circular nº 163/2020-SEE/SUBEB, do dia 23 de junho de 2020 é mais uma possibilidade para uma formação continuada específica sobre práticas de alfabetização”.

O curso de formação continuada em práticas de alfabetização já soma 2,8 milhões de acessos e registra mais de 250 mil inscrições. Para mais informações, acesse o link do curso.

Fonte: MEC