Com a pandemia do novo coronavírus, parte das instituições de ensino, sobretudo as privadas, manteve as aulas, mas de forma remota, por meio da chamada educação a distância. Portanto, plataformas digitais vêm disponibilizando ferramentas e firmando parcerias para o emprego deste tipo de recurso.
O Facebook e a ONG Nova Escola atuarão em conjunto em um curso voltado a professores visando capacitá-los no uso de ferramentas que podem ser adotadas para possibilitar aulas e atividades de aprendizagem, da mesma forma que as redes sociais da empresa, como o próprio Facebook e o WhatsApp, serão repassadas explicações sobre outras aplicações, como Youtube, Google Meeting e Zoom.
“Teremos lives [vídeos ao vivo pelo Facebook] semanais explicando as ferramentas e entrevistas com professores que tiveram experiências com ferramentas, mas, além disso, queremos criar rede de apoio entre os professores”, explica a gerente de políticas públicas do Facebook, Andrea Leal.
A gerente pedagógica da Nova Escola, Ana Lígia, explicou que nestes cursos haverá a participação de mediadores. “A gente vai ter experiências de pessoas que já utilizam tecnologia. Premissa de que nossos cursos sejam voltados para a prática, soluções de professores para professores”, disse.
Ademais, as aulas serão transmitidas às quintas-feiras no Facebook e pelo perfil da ONG Nova Escola . Os vídeos ficarão gravados e poderão ser acessados a qualquer momento por professores. Também serão disponibilizados planos de aula com sugestões para o uso de recursos tecnológicos.
A Microsoft também disponibilizou programas gratuitamente que podem ser utilizados em atividades educacionais, de tal forma que a gestão de equipes, chamada “Teams”. Desde 10 de março, algumas funcionalidades antes reservadas aos planos pagos foram colocadas para uso sem pagamento. É o caso da realização e gravação de videoconferências, além do fim do limite de participantes nessas reuniões virtuais.
Além das ferramentas, a empresa oferece cursos na área de tecnologia sobre assuntos diversos, como inteligência artificial, Internet das Coisas e outras temáticas envolvendo as áreas de atuação da empresa.
O Google também disponibilizou recursos tecnológicos voltados a facilitar aulas e outras iniciativas educacionais, de acordo com uma lista de apps úteis foi criada como sugestão de soluções técnicas de apoio a professores e gestores.
Um site específico foi criado para reunir programas e conteúdos úteis às pessoas que estão em casa. Entre as informações estão dicas direcionadas a professores e alunos, incluindo seminários transmitidos pela internet (webinars).
A suíte de aplicações corporativas da empresa, chamada G Suite, tem uma versão voltada à educação. O grupo também já possuía uma plataforma específica para aulas, o Google Classroom, onde professores podem organizar aulas online.
“Com o avanço da pandemia de covid-19, muitos estudantes, professores, famílias, empreendedores e profissionais passaram a ficar em casa. Neste momento de isolamento, é importante que todos sejam capazes de manter uma rotina conectada, produtiva e saudável”, diz Valdir Leme, chefe de marketing do Google no Brasil.
O professor universitário do curso de publicidade da instituição de ensino superior IESB Carlos Leonardo é um entusiasta dos métodos de educação a distância. Ele trabalha com essa forma há pelo menos oito anos na faculdade. O docente acredita que nesse ambiente alunos são convidados a participar mais.
Portanto, nesse cenário em que todos precisam participar das aulas a distância, ele demonstra preocupação com o acesso pelos alunos devido à grande demanda de tráfego para cursar as aulas. “Com meus alunos, o que mais está dificultando é pacote de dados deles. Essa é a sensibilidade deles”, relata.
Fonte: EBC
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