As instituições de ensino superior devem escolher até 12 de março os candidatos para ocupar as 1.400 vagas abertas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no Edital nº 19/2020, do Programa de Doutorado-Sanduíche no Exterior (PDSE). A iniciativa é voltada para programas de pós-graduação (PPGs) com nota igual ou superior a 4 na Avaliação Quadrienal de 2017.
Com orçamento de R$ 89,8 milhões, o programa permite que alunos matriculados em cursos de doutorado no Brasil façam parte dos estudos em instituição estrangeira. Ao término da bolsa, que dura entre quatro e seis meses, eles devem retornar ao país para a defesa da tese.
“Sem a bolsa da Capes no PDSE, eu não estaria onde estou hoje”, sintetiza o pesquisador Mateus Gouveia, mestre e doutor em Genética pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele foi selecionado para passar um período no National Cancer Institute (NCI), nos Estados Unidos, em 2015. “Eu tive acesso a uma estrutura de ponta e fiz contatos com pesquisadores de outros lugares, tanto que voltei para os Estados Unidos e trabalho aqui.”
Os meses de estudo nos EUA resultaram na descoberta de uma mutação em um gene importante na proteção contra a malária. Gouveia liderava um grupo que colheu genomas de 1.700 pessoas em Gana e Uganda para entender como o material compõe e influencia os genes na população das Américas, como, por exemplo, impacto e resistência a doenças. O estudo foi publicado em 2019, na revista científica PLOS Genetics, que possui relevância na área.
A seleção de pesquisadores pelas instituições é a etapa atual, mas não a última. Os aprovados nessa fase devem acessar o Sistema de Inscrições da Capes (SiCAPES) de 15 de março a 1º de abril e apresentar certificado de proficiência em língua estrangeira. A previsão é de que todo o processo seletivo dure até 1º de junho. As atividades no exterior terão início entre julho e setembro.
Assessoria de Comunicação Social da Capes