Sem aulas presenciais, estudantes no espectro autista sofrem
Educação
Felipe Stegun 24 de maio de 2021

Para crianças e jovens com transtorno do espectro autista (TEA), ficar longe da escola e das terapias durante a pandemia pode ser ainda mais desafiador, porque:

Além disso, os pais se preocupam com os riscos de contaminação: autistas severos e não verbais, por exemplo, não conseguiriam expressar em palavras que estão se sentindo mal – o que retardaria a procura por ajuda médica em casos de Covid-19.

A prevenção também não é simples: parte deles apresenta um incômodo maior em usar máscara.

Sintomas do autismo

A seguir, veja os principais sintomas do autismo clássico, um dos quadros do Transtorno do Espectro Autista (TEA):

  • Dificuldade de interação social: problemas no desenvolvimento de amizades, anomalia em comportamentos não verbais (como não olhar para a pessoa com quem está falando), falta de compartilhamento de experiências, ausência de reciprocidade emotiva (não reagir diante de um colega machucado, por exemplo). As brincadeiras podem ser estereotipadas, com gestos repetitivos.
  • Problemas na comunicação: a pessoa não desenvolve linguagem oral ou só fala o que tem utilidade mínima. Pode haver dificuldade na compreensão de significados do discurso. Um estudo do órgão americano Centers for Disease Control and Prevention (CDC) afirma que, nos EUA, 1 a cada 68 crianças tem o transtorno no país. Entre as que foram diagnosticadas, 25% são consideradas não verbais.
  • Alterações nos interesses: pode haver uma resistência grande em mudar a rotina, provocando acessos de nervosismo. As brincadeiras também são diferentes: ao brincar com um carrinho, em vez de empurrá-lo, é comum concentrar-se somente na rodinha, por exemplo.

Além dessas, existem outras características menos comuns, como alterações no sono e dificuldades na alimentação.

Fonte: G1 Educação