O estudante Pedro Alonso, de 13 anos, já trocou de escola quatro vezes. Seu raciocínio rápido fazia com que terminasse as tarefas antes do esperado e, quando ficava desocupado durante as aulas presenciais, incomodava os professores e alunos. Mas ele não era um “problema”.
Identificado com altas habilidades/superdotação, termos identificados pelas siglas AH/SD, ele sabia mais do que a média. Isso deveria ajudá-lo na rotina escolar – mas o que aconteceu foi justamente o contrário.
O caso ganhou contornos ainda mais peculiares porque Pedro também tem autismo, o que demanda uma outra abordagem pedagógica.As leis e regras educacionais preveem atendimentos específicos para AH/SD, mas nem sempre isso ocorre.
A legislação prevê:
Os termos “altas habilidades” e “superdotação” são sinônimos, segundo a mestre em educação de superdotados e membro do Conselho Brasileiro de Superdotação Cristina Delou.
Eles estão relacionados à aprendizagem e à forma como o raciocínio e a memória se constroem, explica Delou. Os testes geralmente levam meses para serem concluídos. Quem aplica precisa também observar a forma como aquele aluno pensa.
Pela definição do psicólogo educacional americano Joseph Renzulli, pessoas com altas habilidades ou superdotação têm três traços predominantes:
Mas há diferentes graus de superdotação, explica Christina Cupertino. “O mais comum de encontrar são pessoas que têm desempenho médio ou baixo em algumas áreas e se destacam em outras”, afirma.
Fonte: G1 Educação